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CPI do MST tem troca de acusações e bate-boca entre bancada ruralista e base de Lula
23/05/2023 19:14 em NOTÍCIA

Sessão foi marcada por artilharia da oposição contra o movimento; governistas afirmaram ser preciso investigar grilagem e desmatamento.

BRASÍLIA

 

Deputados ligados à pauta ruralista e parlamentares da base do governo Lula (PT) trocaram acusações e protagonizaram uma série de bate-bocas durante sessão da CPI do MST realizada nesta terça-feira (23).

A sessão foi marcada por uma artilharia da oposição contra o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) —a maioria do colegiado é formada por deputados ligados a ruralistas e integrantes da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), uma das maiores forças da Casa.

Esses parlamentares se referiram ao movimento e a seus integrantes como "bandidos", "marginais" e "maloqueiragem".

 

Deputados governistas reagiram afirmando que é preciso investigar conflitos no campo, grilagem, invasão de terras indígenas, queimadas e desmatamento, fazendo críticas à gestão do agora deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) no período em que comandou a pasta do Meio Ambiente no governo Jair Bolsonaro (PL).

Mauro afirmou que o "MST não é um movimento social, mas sim um movimento de marginais, que invadem, quebram, põem fogo em sedes de fazendas e matam animais". Valmir, então, reagiu: "Não sou marginal, eu não sou marginal". As parlamentares do PSOL saíram em defesa do petista e afirmaram que o deputado do PL "é acusado de ser torturador".

Em outro momento, Sâmia protagonizou embates com Zucco, presidente da CPI, ao tratar da investigação contra o parlamentar.

No dia 17 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a Polícia Federal dê prosseguimento a investigações contra Zucco por suspeita de incentivar e patrocinar atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul e em Brasília.

A apuração começou com uma notícia de fato levada ao Ministério Público Federal. O TRF-4 encaminhou o processo ao Supremo por envolver um deputado federal.

Zucco reagiu afirmando que esse assunto "não é pauta dessa CPI".

Antes de a sessão começar, a deputada federal Camila Jara (PT-MT) ofereceu aos presentes copos com suco de uva produzidos em assentamentos do MST. "A gente pode experimentar como a gente consegue aliar a produção de alimentos saudáveis com o incentivo para agricultura familiar produzir cada vez mais", disse.

A deputada ofereceu a Salles, que tomou o suco e posou para fotos segurando uma garrafa do produto.

 

Uma nova sessão será realizada nesta quarta-feira (24) para análise de 15 requerimentos que já foram apresentados por parlamentares —até a tarde de terça, havia 102 disponibilizados no portal da Câmara.

 
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