
Marcos chegou a ser questionado por Gideon sobre o motivo da venda. Para o suposto comprador, o patriarca da família dizia que Horácio e Gideon eram apenas funcionários dele, afirmação esta que resultou em uma discussão entre os três e Gideon resolveu se vingar.
O plano
Incomodado com a negociação da venda da chácara, Gideon começou a arquitetar um plano macabro e se reuniu com Horácio, também morador do lote. Juntos, os dois contrataram Fabrício Silva Canhedo, 34, Carlomam dos Santos, 26, e Carlos Henrique Alves da Silva, 27.
O primeiro passo da ação criminosa era sequestrar todas as 10 pessoas. Além de Marcos, Renata e Gabriela, os alvos eram a cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e os filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6; o marido dela, Thiago Belchior, 30; a ex-mulher de Marcos, Cláudia Regina, 55, e a jovem Ana Beatriz, 19.
Em depoimento, os acusados disseram que o objetivo era atrair todos os possíveis herdeiros da chácara.
Marcos foi a primeira vítima a ser sequestrada e assassinada. O homem morreu ao levar um tiro na nuca e teve o corpo esquartejado, degolado e enterrado no quintal de uma casa alugada por Horácio, na Vale do Sol, em Planaltina.
No mesmo imóvel, estavam Renata, Gabriela, Cláudia e Ana Beatriz, todas mantidas em cárcere.
A suspeita é de que, pelo menos, Cláudia e Ana tenham sido levadas ao cativeiro em 4 de janeiro. As mulheres foram amordaçadas, amarradas e vendadas e obrigadas a passar dados bancários, como senha de cartões.
Na casa, investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) encontraram oito cartões de crédito e débito, talão de cheque, documentos pessoais, bem como uma caderneta de anotações com informações financeiras das vítimas.