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UMA FAMÍLIA INTEIRA MORTA PELA GANÂNCIA - Venda de chácara e eliminação de herdeiros motivaram chacina
26/01/2023 21:55 em NOTÍCIA

Ganância por dinheiro, terras e eliminação de herdeiros motivou a maior chacina do Distrito Federal, que terminou com o assassinato de 10 pessoas da mesma família.

O Correio apurou, com exclusividade, a dinâmica articulada pelos criminosos envolvidos no massacre, que teve como mentor Gideon Batista de Menezes, 55 anos, amigo de mais de 10 anos de Marcos Antônio Lopes, 54, uma das vítimas Gideon e Horácio Carlos, 49,  também preso — moravam no mesmo lote em que residiam Marcos, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior, 25.

A chácara, localizada em um condomínio do Itapoã, logo seria vendida por Marcos. A negociação do imóvel foi feita sem o conhecimento e aprovação dos dois suspeitos, que posteriormente descobriram o plano e se incomodaram

Marcos chegou a ser questionado por Gideon sobre o motivo da venda. Para o suposto comprador, o patriarca da família dizia que Horácio e Gideon eram apenas funcionários dele, afirmação esta que resultou em uma discussão entre os três e Gideon resolveu se vingar.

O plano

Incomodado com a negociação da venda da chácara, Gideon começou a arquitetar um plano macabro e se reuniu com Horácio, também morador do lote. Juntos, os dois contrataram Fabrício Silva Canhedo, 34, Carlomam dos Santos, 26, e Carlos Henrique Alves da Silva, 27.

O primeiro passo da ação criminosa era sequestrar todas as 10 pessoas. Além de Marcos, Renata e Gabriela, os alvos eram a cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e os filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6; o marido dela, Thiago Belchior, 30; a ex-mulher de Marcos, Cláudia Regina, 55, e a jovem Ana Beatriz, 19. 

Em depoimento, os acusados disseram que o objetivo era atrair todos os possíveis herdeiros da chácara.

Marcos foi a primeira vítima a ser sequestrada e assassinada. O homem morreu ao levar um tiro na nuca e teve o corpo esquartejado, degolado e enterrado no quintal de uma casa alugada por Horácio, na Vale do Sol, em Planaltina. 

No mesmo imóvel, estavam Renata, Gabriela, Cláudia e Ana Beatriz, todas mantidas em cárcere.

 A suspeita é de que, pelo menos, Cláudia e Ana tenham sido levadas ao cativeiro em 4 de janeiro. As mulheres foram amordaçadas, amarradas e vendadas e obrigadas a passar dados bancários, como senha de cartões. 

 

Na casa, investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) encontraram oito cartões de crédito e débito, talão de cheque, documentos pessoais, bem como uma caderneta de anotações com informações financeiras das vítimas.

 

 

 

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