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PF conclui que traficante Colômbia foi mandante do assassinato de Bruno e Dom
Publicado em 23/01/2023 17:13
NOTÍCIA

Superintendente afirma que caso está 90% finalizado e há 'indícios veementes' contra envolvido em pesca ilegal no Vale do Javari

A Polícia Federal no Amazonas afirmou na tarde desta segunda-feira (23) que os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, em 5 de junho de 2022, tiveram um mandante.

Segundo o ex-superintendente da PF Eduardo Fontes, que esteve no cargo durante a maior parte das investigações, o caso está 90% concluído e há "indícios veementes" de que Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, é mandante dos crimes.

Villar é suspeito de liderar uma organização criminosa de pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari, na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia.

Indígenas levantam cartazes com ilustração de Bruno e Dom e o texto Justiça por Bruno e Dom

Indígenas protestam em frente ao Supremo por Justiça para o caso dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips - Evaristo Sa - 23.jun.2023/AFP

Os executores foram Amarildo Oliveira, o Pelado; seu irmão Oseney de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, conforme denúncia do MPF (Ministério Público Federal).

Uma quarta pessoa participou de forma mais direta do crime, segundo a PF.

Bruno e Dom foram mortos quando navegavam pelo rio Itaquaí, na parte de fora da terra indígena.

Em dezembro, ele voltou a ser preso.

PF (Polícia Federal) voltou a prender Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, suspeito de liderar uma organização criminosa de pesca ilegal na região da terra indígena Vale do Javari, na tríplice fronteira do Brasil com Peru e Colômbia.

A polícia investiga a possibilidade de conexão entre esse grupo criminoso e os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, em 5 de junho. A reportagem não localizou a defesa de Villar.

Os dois foram mortos quando navegavam pelo rio Itaquaí, na parte de fora da terra indígena. Os suspeitos do duplo homicídio são pescadores ilegais da região, segundo denúncia do MPF (Ministério Público Federal).

Villar foi preso pela primeira vez por uso de documentos falsos. Enquanto esteve detido, a PF deu sequência à investigação sobre a atuação da suposta organização criminosa.

O processo tramita na Vara Federal de Tabatinga (AM), que fica na região da tríplice fronteira do Brasil com Colômbia e Peru. A cidade é a segunda mais próxima de Atalaia do Norte (AM), município vizinho da terra indígena Vale do Javari e destino de Bruno e Dom quando retornavam pelo rio Itaquaí.

A Justiça Federal no Amazonas adiou em quase dois meses a realização das audiências em que serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa do caso.

As audiências de instrução ocorreriam nesta semana e que agora serão realizadas em março. A mudança atrasa o desfecho do processo na primeira instância da Justiça. Após os depoimentos das testemunhas e dos próprios réus, o juiz já pode encaminhar uma sentença para o caso.

Como apontou a Justiça Federal, as razões para o adiamento foram uma falha de comunicação da própria Justiça e uma indisponibilidade de salas para que os réus acompanhassem as audiências, que serão feitas por videoconferência. Os suspeitos estão em penitenciárias federais de segurança máxima, por decisão da Justiça.

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