Advogado diz que Anderson Torres não fará acordo de delação premiada
NOTÍCIA
- O advogado que representa o ex-ministro Anderson Torres, Rodrigo Roca, disse que não há "qualquer possibilidade" de seu cliente fazer uma delação premiada. A declaração foi em entrevista à CNN Brasil.
- Não há a menor possibilidade de delação premiada pelo fato de que não há o que ser delatadoRodrigo Roca, advogado de Anderson Torres
- Ele também afirmou que não irá se manifestar até ter acesso aos autos da investigação.
- O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está preso desde o último sábado (14), quando desembarcou no Brasil. Ele estava de férias nos Estados Unidos.
- Desde então, ele permanece no 4º Batalhão da Polícia Militar, e ainda não há previsão de quando irá depor à Polícia Federal.
- Anderson Torres foi preso por omissão e conivência com atos golpistas em Brasília.
- Na decisão que autorizou a prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o ex-secretário deveria ter tomado medidas para prevenir a ocorrência dos crimes. A omissão ficou demonstrada com:
- A ausência de policiamento, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal;
- A autorização para mais de cem ônibus ingressarem livremente em Brasília sem qualquer acompanhamento policial, mesmo sendo fato notório que praticam atos violentos;
- Total inércia no encerramento do acampamento na frente do quartel-general do Exército, mesmo quando patente que o local "estava infestado de terroristas".
- Segundo Moraes, houve falta de preparação da Secretaria de Segurança Pública para prevenir os atos terroristas.
- A decisão de Moraes foi referendada pela maioria do tribunal — por 9 votos a 2, o plenário validou a prisão do ex-ministro.
- As únicas divergências ficaram com Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- Durante buscas, PF encontrou rascunho de decreto golpista na casa de Torres.
- O texto buscava instaurar um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral, medida que seria inconstitucional.
- A apreensão da minuta foi revelada pelo jornal Folha de S.
- Paulo e confirmada pelo UOL. Se posto em vigor, a medida criaria uma comissão composta majoritariamente por militares e quebraria o sigilo de integrantes da Corte.
- Do UOL, em São Paulo
- 18/01/2023 09h34
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