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'Junção de vinganças', diz Melhem sobre acusação de Calabresa e 7 mulheres
19/12/2022 13:14 em NOTÍCIA

Marcius Melhem foi denunciado por assédio sexual e moral por oito mulheres que eram suas subordinadas, incluindo a atriz Dani Calabresa.

Em nova entrevista a Roberto Cabrini, exibida no "Domingo Espetacular" hoje, o ex-diretor de humor afirma que se trata de "uma junção de vinganças" e que, diferente do que está nos autos do processo, as oito mulheres se conheciam.

"É óbvio que essas mulheres se conheciam. Eram do mesmo núcleo... Vamos falar em tese: eu e você trabalhamos juntos e queremos denunciar o chefe. Nós falamos no WhatsApp durante um ano. Nós combinamos versões. Elas (queriam) estabelecer um padrão sobre mim. Ficou claro que elas tinham combinação", disse Melhem.

A cronologia do caso mostra que o grupo em que as mulheres que acusam Melhem foi criado depois de dezembro de 2019, quando as primeiras acusações surgiram. O grupo passou a existir, segundo apuração de Splash, no primeiro trimestre de 2020.

"Conheço (as 8 mulheres). Elas trabalhavam comigo. Não tenha dúvida (de que elas se beneficiariam com as denúncias)... o que posso dizer é que é uma junção de vinganças", continuou ele. Melhem não detalhou como as acusadoras se beneficiariam com as acusações — em julho, Dani Calabresa deixou de ter contrato fixo com a Globo após sete anos.

A primeira entrevista de Melhem a Cabrini aconteceu em dezembro de 2020, época em que Melhem não sabia quem eram as mulheres que o acusavam — por isso, ele processou Dani Calabresa e sua advogada. Dois anos depois, o jornalista disse ter acesso a mais de 1.200 páginas do processo para conversar com o acusado.

Para Melhem, Dani o acusou quando foi contrariada profissionalmente. "Foi contrariada no (programa) 'Fora de Hora', quando eu queria que ela apresentasse ao lado do Paulo Vieira, mas ela queria fazer com um amigo, o Bento Ribeiro", afirmou.

Em 2019, Dani Calabresa foi retirada de dois projetos da Globo. Um foi o "Fora de Hora", como cita o ex-diretor, e o outro foi o especial de fim de ano "A Gente Riu Assim".

Diálogos no processo ainda mostrariam que Dani e Melhem eram próximos, disse o ex-diretor de humor da Globo. "Dani em nenhum momento estava agindo como uma pessoa que estava reagindo para sair de uma saia justa. Ela buscava uma proximidade. Me chamava para viajar. Não era uma relação de chefe", contou ele.

Em depoimento à Justiça, Dani Calabresa afirma que esta foi a forma que encontrou de lidar com o assédio do então chefe sem se prejudicar.

Melhem diz que cinco das oito mulheres que o acusam prestaram solidariedade em dezembro de 2019, data da primeira acusação pública de Dani Calabresa em um jornal, mas depois passaram a acusá-lo. De acordo com as alegações do ex-diretor, uma das mulheres estaria "apaixonada" por ele e não foi correspondida, enquanto outra buscava uma justificativa para um relacionamento extraconjugal.

A reportagem ainda trouxe nova testemunha de Melhem ao caso, uma amiga de Calabresa. O humorista alegou que essa pessoa não foi chamada por Calabresa porque ela queria escondê-la, pois os três se relacionaram na festa que teria motivado a denúncia de abuso sexual.

Ele afirmou a Cabrini que se encontrou com essa testemunha um mês depois. "Como ela voltaria a me encontrar se assediei a melhor amiga dela?"

"Tudo o que aconteceu na festa foi consensual. Nos relacionamos nessa festa, eu, Dani e uma amiga de Dani. (Trocamos) beijos e saímos felizes. Continuamos nos falando no dia seguinte, semana seguinte, meses seguintes", afirmou ele.

Para Melhem, as mensagens de texto e a nova testemunha enfraquecem a narrativa de Calabresa e as outras sete mulheres que o acusam.

O que disse a defesa dessas mulheres? "As denúncias são respaldadas por depoimentos e provas sólidas. Intimidar as vítimas e tentar desqualificá-las é, infelizmente, uma estratégia comum de acusados de assédio".

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