Em termos de classificação, a derrota por 2 a 1 para o Tolima não afetou em nada o Atlético-MG na Copa Libertadores. O Galo já estava garantido nas oitavas de final e o revés por um gol de diferença não foi o suficiente para tirar o time da liderança do Grupo D. No entanto, foi uma exibição para ligar o alerta na Cidade do Galo. A equipe se apresentou de maneira muito desorganizada, o que preocupa para a sequência da temporada.
Mas se na classificação o impacto foi mínimo, na história esse resultado tem muito peso. Foi a primeira derrota do Atlético na Libertadores desde 2019 — o último revés do Galo havia sido para o Nacional-URU por 1 a 0, no Mineirão, na 5ª rodada da fase de grupos daquele ano —, eram 18 jogos de invencibilidade, a maior série invicta da história do torneio continental — o último revés foi contra . A frustração pelo resultado negativo e pela apresentação ruim foi demonstrada pelas vaias da torcia após o apito final
No entanto, é preciso destacar que jamais faltou luta. O Atlético buscou o gol de empate até o fim, conseguiu aos 43 minutos do segundo tempo. Mas a desorganização falou mais alto e o Galo foi derrotado ao ceder o segundo gol dos colombianos já nos acréscimos.
O centroavante do Tolima teve apenas uma chance no jogo todo e aproveitou muito bem. Mesmo com muitos atleticanos dentro da área, Rangel apareceu livre para cabecear a bola.
Quem foi mal: Ademir
Com o Tolima bastante fechado no primeiro tempo, Ademir teve pouco espaço para jogar e sempre estava muito bem marcado. Após um bom começo de ano, o atacante não tem se apresentado muito bem.
O jogo do Atlético-MG: desorganizado
O Tolima se aproveitou bem a desorganização defensiva do Atlético. A cada bola perdida, ainda no primeiro tempo, a equipe colombiana tentava encontrar os espaços nas costas dos laterais atleticanos.
Muita posse, pouca efetividade
O Atlético teve 70% de posse de bola no primeiro tempo e trocou 300 passes, contra apenas 90 do adversário. Mas o Galo não estava numa noite inspirada, tanto que pouco criou ofensivamente. Apesar das nove finalizações na primeira etapa, a única chance clara de gol foi a bola que Rubens acertou no travessão.
A defesa vacilou
Cinco jogadores do Atlético-MG estavam dentro da área, mesmo assim Rangel apareceu sozinho para fazer o gol do Tolima. Uma desorganização total do sistema defensivo atleticano.
Fábio Gomes no desespero
Perdendo a invencibilidade na Libertadores, restou ao técnico Turco Mohamed apostar nos cruzamentos. Por isso, aos 39 minutos o treinado sacou o meia Nacho Fernández para colocar o atacante Fábio Gomes. Foi a estreia dele no torneio continental. Pelo menos o camisa 9 participou do gol de Sasha.
Busca pela virada custou caro
Depois de empatar o jogo aos 43 minutos do segundo tempo e mais seis de acréscimo, o Galo partiu para cima em busca da virada. Foi quando o Tolima aproveitou mais uma vez a defesa desorganizada e fez o segundo gol para garantir a sua vaga nas oitavas de final da Libertadores.
O fim da invencibilidade
O Atlético ficou 18 partidas sem ser derrotado na Libertadores, entre 2019 e 2022. Mas a maior sequência invicta na história do torneio acabou diante do Tolima. Nesse período foram 11 triunfos e sete empates.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-MG 1 x 2 TOLIMA-COL
Competição: Copa Libertadores - 6ª rodada do Grupo D
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: 25 de maio de 2022 (quarta-feira), às 21h (de Brasília)
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Assistentes: Ezequiel Brailovsky (ARG) e Facundo Rodríguez (ARG)
VAR: Não tem
Cartões amarelos: Guga e Ademir (CAM); Trujillo, Ureña e Gustavo Ramírez (TOL)
Gols: Rangel (TOL), aos 9', Eduardo Sasha (CAM), aos 43', e Lucumí (TOL), aos 47' do segundo tempo
ATLÉTICO-MG: Everson, Guga (Mariano), Nathan Silva, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair (Calebe), Rubens (Eduardo Sasha) e Nacho Fernández (Fábio Gomes); Ademir (Savinho) e Hulk. Técnico: Turco Mohamed.
TOLIMA: Domínguez, Marulanda, Quiñones, Moya e Hernández; Trujillo, Ureña e Cataño (Lucumí); Ibarguen (Eduar Caicedo), Plata e Rangel (Gustavo Ramírez). Técnico: Hernán Torres.