O pedido, assinado pelo escritório do advogado de Khalil, Edson Alexandre, foi redigido após uma manifestação de síndicos na frente do condomínio onde os envolvidos moram, na última segunda-feira (21). Por volta das 20h15 de hoje, ele concentrava mais de 190 assinaturas.
A petição, destinada à presidente do CREF (Conselho Regional de Educação Física), Nicole Christine, conta que a violência cometida por Henrique foi por "motivo fútil", lembrou que a vítima ficou internada e citou trechos do estatuto da categoria para pedir duas sanções contra o profissional: a censura pública e o cancelamento do registro profissional.
O advogado de Khalil informou que a intenção da defesa é de que as assinaturas sejam colhidas ao longo de 20 dias e entregues ao CREF em seguida. Não há um número mínimo de assinaturas necessário para que o documento seja protocolado. A reportagem procurou o órgão e ainda aguarda retorno. Este espaço será atualizado tão logo haja manifestação.
O síndico Wahby Abdel Karim Khalil foi agredido por um morador do prédio em que ele vive durante um desentendimento sobre um saco de boxe instalado na academia coletiva do prédio.
A agressão foi registrada por imagens de câmeras de segurança do local. Nelas, é possível ver que o síndico, o professor e um funcionário do prédio conversam.
Em determinado momento, o agressor ameaça partir para cima de Khalil, que está de camiseta rosa. Segundos depois, o homem dá um soco no rosto do síndico, que cai ao chão e bate a cabeça.
O homem que vê a agressão tenta intervir, mas, após supostas ameaças por parte de Henrique Campos, sai do local. O professor de artes marciais segue exaltado e falando agressivamente, apontando para a vítima, que demora a conseguir se levantar.
O síndico foi socorrido por outros moradores e procurou a 21ª Delegacia de Polícia, localizada em Taguatinga (DF), para registrar um boletim de ocorrência contra o agressor. A Polícia Civil investiga o caso.
Na delegacia, Khalil informou que, há um ano, o morador instalou o saco de boxe na academia do prédio. Porém, no início de março, foram detectadas rachaduras no teto e, no dia da agressão, houve a comunicação ao homem de que seria necessário retirar o aparelho.
"Fui informar ao morador que estávamos recebendo reclamações de outros moradores por causa das rachaduras e, por isso, seria necessário retirar o saco de boxe e levar o caso à assembleia. Ele não gostou, tentei justificar e fui surpreendido com o soco. Foi tão forte que fiquei desacordado"
Wahby foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e depois para um hospital. Ele foi diagnosticado com uma hemorragia no cérebro. Ele deixou a UTI do hospital na segunda-feira e já teve alta da unidade de saúde.
Do UOL, em São Paulo
24/03/2022 22h11Atualizada em 24/03/2022 22h11