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Polícia pede prisão de marido de Sara Mariano; perícia analisa corpo
28/10/2023 09:44 em NOTÍCIA

A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão de Ederlan Mariano, marido da cantora gospel e influenciadora digital Sara Mariano. Ederlan esteve hoje no local onde um corpo carbonizado foi encontrado e afirmou que seria de Sara.

O que aconteceu:

A reportagem consultou no sistema do TJBA (Tribunal de Justiça do Estado da Bahia) que o pedido à justiça foi realizado pela 25ª Delegacia de Polícia Civil do município de Dias d'Ávila.

O UOL procurou a Polícia Civil para saber se Ederlan foi preso, mas não obteve retorno. A matéria será atualizada tão logo haja manifestação.

A reportagem tenta contato com Ederlan. O espaço segue aberto para manifestação.

Marido reconheceu o corpo

Na tarde de sexta-feira (27), o marido da cantora gospel disse que reconheceu um corpo carbonizado em uma estrada como sendo da companheira. O corpo estava em uma estrada, no município de Dias d'Ávila, na região metropolitana de Salvador.

Apesar de o marido de Sara apontar que o corpo seria da cantora, cabe ao DPT (Departamento de Polícia Técnica) fazer os exames para confirmar a identidade, de acordo com a Polícia Civil.

Uma transmissão ao vivo mostrou o marido reconhecendo no local um chinelo que seria de Sara, além de apontar que o corpo carbonizado seria dela. A aliança que estava no corpo também seria da cantora, segundo o marido no vídeo, transmitido pelo portal Alô Juca, no Instagram.

Ao UOL, a Polícia Civil esclareceu que equipes foram acionadas após localização de um corpo feminino na estrada. Já a Polícia Militar informou à reportagem que o DPT foi acionado para realização da perícia e remoção do corpo.

Sara estava desaparecida desde terça-feira (24) após sair de casa para ir a um evento em uma igreja evangélica e não retornar. O DPP (Departamento de Proteção à Pessoa) da Bahia investiga o caso. A cantora tem mais de 60 mil seguidores em suas redes sociais, onde compartilhava participações em cultos, vídeos cantando e fotos pessoais.

Um motorista buscou Sara em sua casa e teria sido enviado pela instituição religiosa, ainda não identificada. Ela chegou a gravar alguns vídeos registrando a ida, inclusive passando por pedágios.

Versão inicial do marido

Na manhã de sexta-feira (27), antes da informação sobre a morte, Ederlan Mariano afirmou que registrou um boletim de ocorrência ontem por conta do desaparecimento.

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A Delegacia de Proteção à Pessoa iniciou as investigações do desaparecimento. "Familiares e demais testemunhas já estão sendo ouvidos e outras diligências investigativas estão sendo realizadas para a localização da desaparecida", disse a polícia ao UOL.

Ederlan disse não saber qual era o nome da igreja que a esposa tinha como destino. Além disso, de acordo com ele, Sara não recebia formalmente pelas participações nas igrejas, mas sim ofertas voluntárias dos membros.

O casal estava junto havia 13 anos e tem uma filha de 11 anos.

"Essa história não vai acabar assim, Deus está agindo", escreveu o marido, antes do corpo ser achado. A mãe da desaparecida também apareceu em vídeo publicado pela irmã de Sara, Soraya Correia, desesperada com a notícia do sumiço. "Nenhuma mãe quer perder a filha de uma forma dessa." A mãe, que mora no Maranhão, questionou o fato de Ederlan não saber qual era a igreja que sediou o evento.

Irmã de cantora acusa cunhado pelo crime

Antes de postar sobre a morte, Soraya (que mora no Ceará) disse que a mãe conversou com Sara na segunda-feira (23) e a cantora disse que teria algo "muito sério" para contar. A influenciadora não chegou a revelar qual seria o assunto. A fala de Soraya foi concedida à TV Bahia, afiliada da TV Globo.

A irmã de Sara disse que entrou em contato com Ederlan, que teria afirmado não saber a qual igreja a pastora iria, nem o endereço e saberia apenas em qual cidade ocorreria o evento.

"Tem muita coisa aí que está errada, que não bate", disse Soraya sem dar detalhes.

Na tarde de sexta-feira (28), Soraya também disse "não tirar da cabeça" que o marido e outra pessoa teriam envolvimento na morte de Sara. A entrevista ocorreu em transmissão ao vivo do perfil Alô Juca, no Instagram.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Beatriz GomesDo UOL, em São Paulo

27/10/2023 23h49

Atualizada em

28/10/2023 01h08

 

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